4.27.2014

Namaste Nepal!


Si una cosa sabíem segur en el moment de començar el viatge, era que volíem acabar a Nepal. Doncs be aquest moment a acabat arribant i després de deixar Índia en tren, vam creuar la frontera literalment a peu i vam arribar a Kathmandu per terra després de 10 hores en bus! Quines carreteres per cristu!!

A Kathmandu tindríem la ultima visita d’aquest viatge, ma germana! Aprofitant dues setmanes de vacances es va apuntar amb nosaltres a fer una part del treking dels Annapurnas. Després de dos dies a la ciutat fent preparatius, permisos, compres.... vam pillar un bus i cap a  Bulbule . Després de 8 hores, dos busos, una roda punxada, i en mig d’un diluvi universal vam arribar on suposadament comença el trek. La veritat es que el fet que estiguin construint una hidroelèctrica uns pobles mes amunt, va fer que el primer dia fos una mica decepcionant, jeeps, motos, obres..... per sort a partir del segon dia tot va canviar, tranquil·litat, poblets, paisatges relaxants, tot el que esperàvem.

El treking dels Annapurnas consisteix en una ruta circular, que es pot fer entre 12 i 20 dies. Comences a una alçada de 900m,  fins a arribar a una alçada de 5.420m al Thorung La (mes o menys a meitat de camí), per acabar baixant un altre cop a uns 900m. No sabem com seran els altres trekings, però aquest la veritat es que ens ha semblat wapissim i molt complert. Passes per tot els tipus de paisatges, d’acord amb la alçada en la que et trobis, tens vistes a muntanyes mítiques de l’alpinisme com el Manaslu, Dhaulaguiri, Annapurna, creues pobles de muntanya molt autèntics, monestirs budistes, veus animals de tot tipus, incloent els famosos Yaks ( per cert ens hem fotut les botes menjant formatge de Yak, boníssim!!), experimentes la sensació d’estar en alçada i que et falti l’aire, no tan sols al caminar si no també al dormir (a partir de 4.000 costa dormir del tiron) i si tens mala sort com per exemple la Lara, fins i tot experimentes les sensacions del mal d’alçada (gens agradables per cert). Per no parlar de les innumerables  vegades que ens han ofert hachis o de la quantitat de plantes de maria que ens hem anat trobant pel camí. I una de les coses que mes ens han impressionat es com la gent ho transporta tot, per pesat o gran que sigui, amb una cinta al cap i carregant-ho a l'esquena!! També hem tingut temps per conèixer gent nova com el Pierre i el Florian, que van ser la principal companyia al llarg del trek ( el Florian, un person que anava amb un motxilon de la ostia, portava fins hi tot un clarinet i ens va obsequiar amb un concertillo!!); el Mathias; tres americanes que estaven treballant a Corea del Sud, be en fi un munt de gent amb la que ens vam anar creuant en les ultimes setmanes.

Així doncs després de15 dies de caminar entre paisatges de pel·lícula, el nostre treking va arribar a la fi, i amb ell la fi també del nostre viatge d’un any per Oceania i el sud est d’Àsia!! Han estat 12 països i 12 mesos, pua casualitat!! Plens de vivències que mai oblidarem, gent que pot ser retrobarem, moments bons, moments de crisi (no todo es oro lo que reluce, je je je). La veritat es que no trobem les paraules per descriure com ens sentim ara mateix en les nostres ultimes hores a Kathmandu, es una barreja d’alegria per retrobar amics i família i tristesa de posar punt final a aquesta aventura i be d’incertesa total pel que fa la nostre futur. Mes d’un es preguntarà i ara que fotran aquest parell? Brasil o Catalonia? Doncs de moment la Lara cap a Brasil (el dia 5 ja treballa) i jo cap a Catalunya (de moment seguiré sense currar), ens prenem unes vacances l’un de l’altre i a pensar amb calma que serà del nostre futur!! Sigui com sigui i tot i que abans hem dit que la aventura s’ha acabat, no crec que sigui del tot veritat......pot ser, to be continued!!!

Quando partimos para essa viagem de um ano não tínhamos muito claro por quais países passaríamos e quanto tempo ficaríamos em cada lugar. A única certeza que tínhamos era que queríamos terminar a viagem no Nepal. Assim, os meses foram passando e finalmente chegou a hora de conhecer esse pequeno país tão montanhoso. Depois de deixar a Índia em trem, cruzamos a fronteira ao Nepal a pé e pegamos um ônibus que em 10 horas nos trouxe a Kathmandu passando por umas estradas bastante estreitas.

No Nepal, receberíamos a última visita da viagem: a Anna, irmã do Roger! Aproveitando as duas semanas de férias, ela resolveu se juntar a nós na primeira parte no trekking dos Annapurnas. Passamos dois dias em Kathmandu fazendo preparativos (comprando coisas, arranjando os permissos necessários) e depois pegamos um ônibus a Bulbule. Depois de 8 horas, dois ônibus, um pneu estourado e um dilúvio universal, chegamos ao lugar onde supostamente começa o trekking. Mas no primeiro dia de caminhada descobrimos que estão construindo uma hidrelétrica grande alguns vilarejos mais para a frente de Bulbule, e o caminho estava cheio de obras, motos, jipes e lama. Depois desse início tão decepcionante, no segundo tudo mudou e a partir daí passamos por paisagens e vilarejos tranquilos, exatamente o que esperávamos do trekking.

O trekking dos Annapurnas é um roteiro circular, e pode ser feito de 12 a 20 dias, dependendo de onde você começa e termina a trilha e quão rápido você quer andar. O mais interessante é que começa em uma altitude de 900 metros, passa pelo Thorung La (o passe a mais ou menos metade do caminho) que está a 5.420 metros, e volta a descer a mais ou menos 900 metros. Assim você passa por paisagens bastante variadas, dependendo da sua altitude, com montanhas bastante míticas (como o Manaslu, Dhaulagiri, Annapurna), vilarejos de montanha, monastérios budistas, animais variados (cabras, vacas, e o yak, um tipo de vaca peluda, que vive nas altas altitudes e com cujo leite se faz um queijo delicioso). Além disso, você vai sentindo como a altitude muda o funcionamento do seu corpo: sua respiração se torna mais ofegante (mesmo em repouso), o que atrapalha o seu sono e apetite. Na última noite antes do passe, a 4.900 metros, senti inclusive um pouco o mal de altitude (sorte que bastante leve). No caminho, curiosamente, também vimos vários pés de maconha, eles cresciam por todos os lados! Algo que também nos impressionou muito é como as pessoas aqui transportam de tudo (de tronco de madeira, a lenha para os fogões das casas, aos porters que são pagos para carregar até 30 quilos de mochila da galera) nas costas com uma cinta passada pela cabeça. Impressionante! Além disso, fomos conhecendo e encontrando uma turma bastante interessante: o Pierre e Florian, dois franceses gente boa que foram nossa principal companhia no trekking; o Mathias; três americanas que estavam trabalhando na Coréia do Sul; e muitas outras pessoas com as quais fomos cruzando ao longo das últimas semanas.

Assim, depois de 15 dias caminhando entre paisagens incríveis, nosso trekking chegou ao fim. E, com o fim do trekking, também chegou ao fim a nossa viagem de um ano pela Oceania e Ásia. Foram 12 países em 12 meses, em uma viagem cheia de experiências inesquecíveis, conhecendo pessoas (algumas das quais temos certeza que encontraremos no futuro, outras que não), momentos bons, momentos de crise. Não temos palavras para descrever exatamente o que estamos sentindo nesse momento, nas nossas últimas horas em Kathmandu antes de voltar para casa. Uma mistura de alegria por reencontrar nossos amigos e família, com tristeza de colocar um ponto final a essa aventura e a incerteza total pelo nosso futuro. Assim como muitas pessoas, estamos tentando responder algumas perguntas básicas, como o que faremos nos próximos meses? Viveremos no Brasil ou na Catalunha? Por enquanto, a resposta é que eu volto ao Brasil (dia 5 de maio já estou de volta no batente) e o Roger volta à Catalunha (no momento, seguirá sem trabalhar). Vamos tirar umas férias um do outro e pensar com calma no futuro. Seja como seja, e apesar de termos falado antes que colocaríamos um ponto final na nossa aventura, não acho que ela termina por aqui.... talvez to be continued! Enquanto isso, deixamos vocês com algumas fotos das nossas andanças pelo Nepal!
















































4.06.2014

Caminho das Índias


Amics, aquest es un post ràpid sobre la segona part del nostre viatge a la Índia. Ara mateix estem a Kathmandu, preparant-nos per fer el circuit dels Anapurnes, un trek de quasi 20 dies (període en el qual estarem completament desconnectats del mon). Així que, en resum, després de Hampi, vam fer una parada de dos dies a Mumbai, on ens vam sorprendre amb lo organitzada que es la ciutat (res a veure amb les histories de terror que ens havien explicat sobre aquesta megalopole) es mes ens va encantar! A mes a mes vam aprofitar per visitar la família d’un pajaro que havíem conegut a Malasia, podent així conèixer la seva gent una miqueta mes d’aprop.

Amigos, esse é um post rápido sobre a segunda parte da nossa viagem à Índia. No momento, estamos em Kathmandu, nos preparando para fazer o circuito dos Annapurnas, uma trilha de quase 20 dias (período no qual ficaremos completamente incomunicáveis com o mundo). Assim, em resumo, depois de Hampi fizemos uma parada rápida em Mumbai, onde nos surpreendemos com o organizado que é a cidade (nada a ver com as histórias de terror que nos contam sobre essa megalópole) e visitamos a família de um amigo que conhecemos na Malásia, podendo assim conhecer um pouco mais de perto a vida das pessoas que moram nesse lugar.








Després vam visitar el Rajastan, un estat de la Índia que ens va fer recordar aquelles histories del desert palaus i Maharajas. Vam passar per les 4 principals ciutats de l’estat: Udaipur, la ciutat del llac i palaus; Jodhpur, amb la seva encantadora fortalesa de pedra rosada; Jaisalmer, amb les seves dunes i passejades a camell; i Jaipur, la capital plena de bazars caòtics, però perfectes per omplir les maletes de regals, be l de la Lara per ser exactes. Amb temps fins hi tot per fer una visita al cinema de la ciutat i flipar amb Bollywood!!!

Depois disso, visitamos o Rajastão, um lugar que nos lembrou daquelas histórias de deserto e palácios e maharajas. Passamos pelas 4 principais cidades desse estado: Udaipur, a cidade dos lagos e palácios; Jodhpur, com sua bela fortaleza de pedra rosa; Jaisalmer, com suas dunas e passeios de camelo; e Jaipur, a capital cheia de bazares caóticos mas ótimos para encher a mala de compras (as minhas, não as do Roger). Aí ainda tivemos tempo de visitar o cinema da cidade e pirar com o último lançamento de Bollywood!














Agra va ser una parada rapida de camí cap a Varanasi, on vam fer la visita obligada al Taj Mahal.

Agra foi uma parada rápida de uma tarde, no meio do caminho a Varanasi, onde fizemos a visita obrigatória ao Taj Mahal.


Finalment vam arribar a Varanasi, la ciutat banyada pel riu Ganges. Aquest riu es considerat sagrat pels hinduistes, així persones de tot el país peregrinen fins a Varanasi per banyar-se en les seves aigües (bastant pol·luïdes per cert) i per morir-hi (hi ha la creença que ser cremat i després entregat al riu, allibera a la persona del cicle de naixement i sofriment). Impressionant passejar pels ghats (escales al costat del riu) i veure persones banyant-se , altres netejant la roba, cossos essent cremats, búfals submergint-se a l’aigua, nens jugant al criquet, tot al mateix temps. Varanasi ha esta la ciutat que més ens ha impressionat de llarg, es la que esta mes propera a aquella imatge que jo sempre havia imaginat quan pensava en la Índia. I en aquesta ciutat mística, bruta, misteriosa, impactant....vam arribar a la fi del nostre mes a la Índia. Hem quedat molt sorpresos, esperàvem un país difícil de viatjar, amb molta però que molta brutícia, horrible, amb gent demanat a tota hora i intentant enganyar-te a tota hora (i ya te la meten ya), ja que això es el que molta gent ens havia dit, i la veritat es que a nosaltres ens ha semblat ben diferent, a mes a mes ens ha agradat fins al punt de tenir ganes de tornar-hi per conèixer més d’aquest país tan fascinant, això si, no hi viuria mai, les coses clares, je je je.  Així que ben a l’estil de Índia, ens vam acomiadar amb un viatge en tren fins a la frontera amb Nepal, el punt final d’aquest peaso voyage!!!!!

Assim, finalmente, chegamos em Varanasi, a cidade banhada pelo Rio Ganges. Esse rio é considerado sagrado para os hinduístas. Assim, pessoas e toda Índia peregrinam para Varanasi para se banhar nas suas águas (bastante poluídas) e para morrer (acredita-se que ser cremado e jogado no rio libera a pessoa do ciclo de nascimento e sofrimento). Impressionante passear pelos ghats (as escadarias na beira do rio) e ver pessoas tomando banho, pessoas lavando roupa, corpos sendo queimados, búfalos se refrescando na água, crianças jogando criquete, tudo ao mesmo tempo. Varanasi é a cidade que mais nos impressionou. É a mais próxima da imagem que tínhamos da Índia. E, nessa cidade tão mística, suja, misteriosa e impactante... chegou ao fim nosso mês na Índia. Ficamos muito surpreendidos, esperávamos que seria um país difícil de viajar (muita pobreza, muito sujeira, muita gente te enchendo para vender coisas por dez vezes o preço) mas o que encontramos foi um país completamente diferente. Foi uma bela surpresa! Ficou a vontade de voltar e conhecer mais esse país tão fascinante. E, bem ao estilo da Índia, nos despedimos com uma viagem de trem até a fronteira com o Nepal, o último país dessa viagem.